Um dia, John Sir Quinn, um Quiropraxista de 35 anos, estava ao ar livre jogando golfe quando, de repente, algo estranho aconteceu dentro de sua cabeça.
Um dos minúsculos vasos sanguíneos ao redor de seu cérebro começou a se mover e logo pressionou contra seu nervo auditivo. Esse pequeno e imperceptível movimento causou um zumbido ensurdecedor, e ele acabou precisando de uma cirurgia.
Infelizmente, a cirurgia resultou em um derrame devido ao AVC. Os médicos tiveram que cortar um pedaço do lado esquerdo de seu cérebro, o que por sua vez causou uma mudança drástica na personalidade de John.
De repente, de maneira incomum, John Sir Quinn, que nunca havia pego um lápis de artista, tinha um desejo ardente de desenhar.
Após sua cirurgia, ele usou todos os momentos de lazer que tinha para explorar esse novo interesse pela arte. Ele se levantava cedo todas as manhãs, usava seus intervalos para almoçar no trabalho e até mesmo ficava acordado até tarde da noite só para poder desenhar.
Como o desejo insaciável de John de desenhar continuava a roubar qualquer tempo livre que ele tinha, descobriu-se que ele estava passando por uma condição singular chamada produção artística súbita.
Esta condição é tão rara que os médicos registraram apenas 3 casos dela, todos causados por uma lesão cerebral. Entretanto, para John, essa condição mostrou ser bastante lucrativa. Repentinamente, ele tinha uma coleção de arte. Então, ele abriu um estúdio e eventualmente passou a vender sua arte por grandes somas de dinheiro.
Ao longo dos anos, seu trabalho apareceu em jornais importantes como o New York Times e o Boston Globe. A história envolvente de sua vida foi comprada pela empresa de produção do Tom Cruise. Ainda hoje, é possível comprar as obras de John. Apesar de ter passado por uma lesão potencialmente devastadora, foi a partir dela que John descobriu um novo modo de vida.
Através da renovação de nossas mentes e dos pensamentos que temos, a palavra de Deus nos convida a descobrir um novo modo de vida também. Como uma faca de dois gumes, ela transforma a nossa mente, trazendo ao fim o que nos afasta de Deus e gerando vida em seu lugar.
O Salmo 139 nos diz que somos temerosa e maravilhosamente feitos, e isto é particularmente verdadeiro quando olhamos para a complexidade do cérebro humano.
Uma das mais poderosas descobertas recentes sobre o cérebro humano é que ele é o que os cientistas têm chamado de neuroplástico. Por definição, isso significa que o cérebro é extremamente maleável e adaptável, podendo continuamente mudar, ajustar e revigorar.
Neuroplasticidade cerebral
Mesmo que isso signifique nos transformar em artistas. Esta neuroplasticidade resulta em algo que tanto a escritura como a ciência concordam: que a mente pode ser renovada de novo e de novo, usando a maneira que pensamos para criar um efeito físico em nossos cérebros.
Mas muito antes dos cientistas celebrarem a descoberta da neuroplasticidade, seguidores fiéis de Jesus e leitores das escrituras conheciam essa verdade através do que está escrito em Romanos 12:2, que diz: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."
Mas o que isso tem a ver com medo?
Na verdade, tudo, e aqui está o porquê: se você experimenta um evento traumático, uma situação de abuso, uma crise ou qualquer coisa na vida que lhe causa algum tipo de dano, sua mente pode se reestruturar para ajudá-lo a sobreviver, para protegê-lo de novos danos.
Seu cérebro começa a reconhecer certos gatilhos que podem fazer com que você reviva esse trauma, e ele se treina para ficar hiper vigilante em relação às situações potencialmente ameaçadoras. Em resumo, seu cérebro é muito bom em tentar mantê-lo seguro.
No entanto, muitas vezes nosso cérebro fica preso nesse modo de proteção e, como consequência, podemos nos sentir cercados por uma sensação de medo.
Mas a boa notícia é que existem maneiras de consertar isso. Quando começamos a entender o significado do versículo que lemos em Romanos 12:2, aprendemos que padrões de pensamento medroso e hábitos prejudiciais, como pensar somente em problemas, desafios e perigos, não precisam ser permanentes. Podemos confiar que a narrativa de nossos pensamentos pode ser reescrita, e com os recursos corretos, ter nossa maneira de pensar totalmente transformada.
Vamos aprender a aplicação de hoje e ver que ações podemos tomar para aprofundar nosso aprendizado.
Baseado no que lemos em Romanos 12:2, vamos aprender agora uma série de declarações para praticar a cada dia.
Eu te encorajo a pensar um pouco sobre o que falamos. Pegue um papel e caneta, ou no seu bloco de notas digital e escreva o máximo de declarações que você puder pensar que o ajudarão a transformar sua mente.
Você pode chamar essa nota de "Minha Mente Transformada", se quiser. Pode ser preciso se habituar a isso, então aqui está um exemplo para ajudá-lo a começar:
"Hoje, eu declaro que sou um filho de Deus e sei que ele nunca me decepcionará.
Embora eu não possa ver o que está por vir, confio em Jesus para guiar meu caminho a cada passo.
Eu não temerei o futuro, porque o Deus que me ama já está lá."
Uma vez escritas essas declarações, pratique ler suas anotações em voz alta algumas vezes, quantas desejar.
Pode parecer estranho no início, mas você encorajará a neuroplasticidade de seu cérebro, recriando seus pensamentos e transformando o funcionamento de sua mente.
Você pode acrescentar outras declarações baseadas ou retiradas de versículos bíblicos e praticá-las dia após dia.
Quanto mais você se engajar neste processo, melhor ele te ajudará a reestruturar à sua maneira de pensar. Que Deus te abençoe.
Referências: Estudo Vença o medo: Parte 2 Glorify